Compramos a tal da trilha, mas tanto eu quanto a Juliana tínhamos de nos certificar. Ela consultou o livro 1001 Comidas para provar antes de morrer, edição de Frances Case. Muito bom para quem cozinha e realmente se interessa em saber mais sobre os ingredientes.
Eu estava estacionando o carro e vi Erick Jacquin passando. Na hora, pensei em parar para perguntar sobre o rouget des roches, mas já tinha gente buzinando atrás. Por sorte voltei a encontrar com ele lá em cima. E, dessa vez, não tive dúvida. "Jacquin", perguntei. "O rouget des roches é a trilha?". "Sim", respondeu o chef francês. E falou qualquer coisa sobre esse peixe ser muito bom, mas muito difícil de encontrar. "Eles exportam tudo", reclamou. Me senti orgulhosa de novamente ter encontrado um ingrediente complicado.
Aqui é bom explicar. Eu não sou íntima do Jacquin, mas tinha almoçado em seu restaurante, La Brasserie, dois dias antes com o grupo dos "pelados em Nice" e jacquin conhece bem o Sultão. Essa situação toda foi muito sul-realista. De alguma forma, me lembrou da cena do filme Noivo nervoso, noiva neurótica, do Woody Allen, em que dois personagens estão numa fila de cinema discutindo a teoria do filósofo canadense Marshall McLuhan, o próprio está ali e é chamado à conversa.
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