A 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo encerrou no domingo com um público de 740 mil pessoas em dez dias de evento. É muita gente! Será que esse povo todo gosta mesmo de ler? Sei lá! Quando estive na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) há duas semanas fiquei emocionada de ver tanta gente no auditório do Ferreira Gullar, ver filas na Livraria da Vila montada na cidade para o evento, gente andando pelas ruas históricas e falando de literatura. Mas sempre há que se considerar que, em Parati, o cenário ajuda, entre uma palestra e outra dá para passear de barco, você é visto sentado num café.
Digamos que o Parque de Exposições do Anhembi não tem esse charme. Tanto interesse em cultura pode parecer bom demais para ser verdade, mas deve ser verdade. O que mais alguém iria fazer no Anhembi em dia de bienal que não ver livros, ouvir autores falarem sobre livros, negociar livros (é claro), comprar livros?
Este ano deve ter tido alguns glutões que, como eu, foram à bienal com interesse principal voltado para os livros de comida. E para a programação de palestras do salão "Cozinhado com palavras", que reuniu grandes chefs, como Emmanuel Bassoleil, autor do livro Os sabores da Borgonha (Editora Senac).
Mas gostar de livro de receita não é pecado. Grandes intelectuais também se deixaram seduzir pelos encantos da culinária. O sociólogo Gilberto Freyre, por exemplo, até escreveu um: Açúcar, uma sociologia do doce, com receitas de bolos e doces do nordeste brasileiro, lançado em 1939 pela José Olympio e reeditado em 2007 pela Global Editora. No ano passado, a Editora Senac, em parceria com a Fundação Gilberto Freyre, lançou um volume com artigos sobre a relação de Gilberto com a comida e receitas que Magdalena Freyre, sua mulher, preparava no casarão da família em Apipucos, no Recife.
Na quinta-feira passada, 19 de agosto, estive na bienal com a intenção de descobri todos os lançamentos de gastronomia para uma matéria que estou fazendo e para o blog também. Quando cheguei estava tendo a palestra À mesa com Gilberto Freyre, com Raul Lody, organizador do livro do Senac, e Josué Souto Maior Mussalem, da fundação. Então, como Gilberto Freyre tinha sido tema da Flip e eu ainda estava muito envolvida com aquele clima de amor à cultura, pensei em unir as duas coisas e fazer um pequeno jantar teste com as receitas desse livro, que não é um lançamento, mas tudo bem.
Na quinta-feira passada, 19 de agosto, estive na bienal com a intenção de descobri todos os lançamentos de gastronomia para uma matéria que estou fazendo e para o blog também. Quando cheguei estava tendo a palestra À mesa com Gilberto Freyre, com Raul Lody, organizador do livro do Senac, e Josué Souto Maior Mussalem, da fundação. Então, como Gilberto Freyre tinha sido tema da Flip e eu ainda estava muito envolvida com aquele clima de amor à cultura, pensei em unir as duas coisas e fazer um pequeno jantar teste com as receitas desse livro, que não é um lançamento, mas tudo bem.
Na sexta-feira, eu estava indo para Ubatuba sozinha. Lá encontraria Eduardo, meu senhorio. O Edu é um arquiteto amigo meu de quem eu alugo a casa. Achei que podia fazer o teste só para nós dois mesmo. E que daria para unir com um livro muito interessante que o Edu me deu sobre a comida da população do litoral, Cozinha caiçara, encontro de histórias e ambientes, de Larissa Vianna Ferreira e Layra Jamkosky.
Então, taquei os dois livros na mala. Levei também o livro do Bassoleil, porque pensei em fazer um post sobre a palestra que ele deu no "Cozinhando com palavras" junto a Claude Troisgros e Laurent Suaudeau.
No fim, acabamos ficando com vontade de comer comida francesa. E, no domingo, fizemos um teste de uma receita do livro da Borgonha. Num próximo post, eu conto como é tentar fazer uma receita borgonhesa em Ubatuba, num domingo, com todo o comércio fechado. Aí, a receita na prática é bem outra!
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